Tecnologia auxilia no combate à dengue em Boa Vista da Aparecida

Professores da Unioeste se reúnem com equipe da Saúde para mapear a ação da doença no município

Nesta segunda-feira (07), professores da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) estiveram em reunião com a equipe de Saúde e os ACS (Agentes Comunitários de Saúde) do município de Boa Vista da Aparecida, na Câmara de Vereadores, para discutir sobre o uso da tecnologia da informação para ajudar no combate à dengue.

Segundo a professora do curso de Ciência da Computação da Unioeste, e pesquisadora na área de dengue, Claudia Brandelero Rizzi, o objetivo desse diálogo é dar continuidade aos trabalhos que o grupo já vem realizando, no sentido de obter dados sobre o georeferenciamento dos casos de dengue ocorridos em Boa Vista da Aparecida e também sobre a campanha de vacinação. “A partir desses dados tem uma série de estudos que nós podemos desenvolver aqui ao longo do tempo, mas esses dados são vitais para que a gente possa parametrizar o modelo matemático computacional que temos, e que, através dele, então conseguimos definir cenários, compreender alguns aspectos da ocorrência e do espalhamento da dengue no município”, explica Claudia.

O trabalho é realizado, também, no município de Cascavel. Segundo Claudia, Boa Vista da Aparecida foi escolhida porque é o único município que pertence à 10ª regional de saúde de Cascavel onde está ocorrendo a vacinação, além de outras características, como epidemias de dengue.

Claudia ainda explica que, assim que a equipe conseguir identificar os dados que precisa, que basicamente corresponde ao georeferenciamento de alguns pontos específicos do município, conseguirão gerar o mapa. “São mapas mesmo, em que você consegue mostrar onde aconteceram os casos, onde estão os indivíduos que foram vacinados, integrar essas informações, e começar a analisar a sequência das atividades que são feitas aqui no município”, afirma Claudia.

Com esse trabalho dos professores da Unioeste, será possível, atrelado às ações do Controle e Combate Vetorial, identificar e contribuir com informações necessárias para que se realizem ações prioritárias no município, ou seja, os gestores locais estarão sendo orientados com mais especificidade sobre a doença através do sistema dos estudos, pois, ainda segundo Claudia Brandelero, a dengue exige que ações sejam tomadas de forma rápida, e o estudo vem a contribuir para que as informações sejam seguras e de fácil acesso aos gestores.

A expectativa da equipe é coletar as informações necessárias ainda esta semana para que, dentro de 15 dias, os primeiros mapas sejam gerados, e no mês de novembro, um material mais completo seja apresentado ao município.

A tecnologia será usada a favor do desenvolvimento do projeto, onde o uso de sistemas on-line e tablets substituirão os tradicionais formulários, e o uso de drones auxiliará no mapeamento de lotes.


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